declino nas noites
de não
estrago tudo tentando
acertar
e o tempo acaba
como as ampulhetas cegas
que cospem areia
impunemente
num passado próximo
viajei aos remansos
onde a calma se instalava
quando nosso querer
não era convulso
quando não abatia-me
o pulso
quando não tinha
o medo de errar
melhor seria
a ignorância
melhor não saber
da mansidão
que deitá-la
em seu ventre
e a desejar
constantemente
Nenhum comentário:
Postar um comentário