vem com o céu transportado
esse olho atravessado em um verso
onde todo culto se perdeu
de vícios de religião
derrama o torso cansado do dia
em minhas águas desesperadas
e chora de alegria e dor
meu caminho é amplo de paradas
festejemos em silêncio amoroso
a ausência de culpa e o resto de solidão
sobra pouco desse sal nos olhos
em tempos áridos e de tanto não
a pele e a terra se agitam sem fúria
num estado puro de amplitude
o revolver do pó em voltas lentas
perpetua brisa, correnteza num ritmo uno.
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