Sim
Chove uma tormenta dentro da
minha alma. Sou gente velha, gasta.
Andarilho maluco de pés de barro e
cabeça de copa em flor. Vivo a descer
rios oceânicos, assim miseravelmente,
como uma folha creme manga na enxurrada
ruas íngremes. Meu hálito é cravo e boemia.
Embriago-me de tudo, da beleza do mundo e da
ternura do amor. Mergulho nos bares, em filosofias
intermináveis, no que não foi realizado e tornou-se sonho.
E assim renasço puro em cada pessoa que toquei com minhas
palavras em vapor.
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