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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

vapor


o ar denso, morno, incansável
flutua sobre a criatura
dança dúbia a fumaça realidade
baila com o horizonte, sol e chuva

as crenças se desfazem poeira
os mitos bailam arco-íris
todos os sentimentos velhos
beijam o rio e se misturam no vento

as gotas cálidas voam quase vapor
ora bruma ora nuvem
na aceitação completa não há dor
ou sofrimento

num instante breve onde nada é palpável 
uma única pergunta perdura 
partimos do pressuposto da verdade
ou nos acalentaria mais a dúvida?


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